Justiça para Gerô

Se você ainda não ouviu falar de Gerô, são poucas as chances de você vir a sabe quem foi este artista popular negro, morto pela violência dos policiais maranhenses. Acompanhe a matéria abaixo e junte-se a todos que estão acompanhando o caso e incorporem o grito por justiça, defesa dos direitos humanos e respeito pela vida. É absurdo que em pleno século XXI ainda temos que aceitar como naturais ações desse tipo. Chega de banalizar a morte e a violência como se fossem coisas corriqueiras. :

JUSTIÇA PARA GERÔ. Na tarde do dia 22 de março, ontem, foi morto por policiais militares o cantor, compositor e poeta popular Jeremias Pereira da Silva, o Gerô. Pelas lesões constatadas no seu corpo, conclui-se que ele foi torturado barbaramente até a morte. Segundo a versão da polícia, Gerô teria sido confundido com um criminoso, motivo pelo qual teria sido detido por policiais e conduzido numa viatura.Não se trata de um crime comum, embora possa ser corriqueiro, em se tratando do aparelho policial do Estado. Ele, em primeiro lugar, retrata um paradigma de atuação em função do qual a população negra é identificada prioritariamente como alvo da violência policial. Depois, reproduz um método de atuação que tem na tortura um recurso corriqueiro na abordagem da população pobre. Exigimos não apenas punição dos policiais envolvidos com a tortura e a morte. Exigimos uma nova postura de governo para combater esse modelo de atuação da polícia. Um governo democrático e popular deve ter compromisso com uma política de direitos humanos, que migre do discurso para a prática,de modo eficiente. A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e todas as entidades que compõem o Conselho Estadual de Direitos Humanos e o Comitê Contra a Tortura acompanharão de perto os procedimentos de apuração e punição desse crime bárbaro.
Todos por uma vida digna de se viver!!!

Comentários

Sannya Fernanda disse…
Conversando com uma amiga a respeito desse caso, ela questionou que a notoriedade dada ao caso é explicável. Gerô é um artista conhecido e também, negro, um prato cheio para o grupo de Dreitos Humanos, o Centro de Cultura Negra e até o governador do estado que se aproveitam deste tipo de ensejo para vender suas ideologias.
Creio que é algo maior que isso. Eu concordo que situações como essas devam ser bandeiras de luta, sim. Todos sabem que não só no Maranhão, Brasil, mas na Europa, África, enfim, no globo inteiro, a população é vítima da violência policial.
O que talvez fuja da nossa ótica, é que a morte, a violência tornaram-se algo banal, com a qual já não nos afligimos, nem nos imapctamos mais. É algo rotineiro, corrente. No entanto, a perspectiva humana parece estar deslocada da questão.
Anônimo disse…
salve gerô!

mais uma vítima dos sentimentos pequenos que reinam nesse mundo sem amor.

ave maria sem graça!
Sannya Fernanda disse…
Creio que para reforçar esta impressão sobre a violência policial chega o filme "Tropa de Elite", filme brasileiro, ainda não lançado, mas já causando polêmicas!

Que direito tem essas pessoas de aplicar uma justiça só sua?
Sannya Fernanda disse…
Se este caso fosse o único a nos estarrecer, talvez ele não tivesse a notoriedade que queremos dar ao assunto.
Será que a morte se tornou um assunto banal? O que aconteceu com a nossa capacidade de sentir, com a gestão das nossas emoções?
Para onde segue o ser humano? Em que direção ou direções?

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