Portugal,

Por que não terra de pescadores?
Já não há caravelas a singrar os mares, 
a não ser a de Sagres.
As terras já foram todas descobertas.
E seus donos a reclamaram para si.
Mas os pescadores, estes ficaram.
Permaneceram na busca de tempos melhores.
Vislumbram as riquezas que o nosso mar lhes pode conceder.
De pé, nos dias de sol, focam o horizonte na tentativa de perceber
os sinais que o mar lhes dá.
Lançam os anzóis e as iscas.
Seguram as canas com as suas mãos marcadas pela força e pelo sol.
Seus músculos fletidos estão preparados para as duras lides.
O que poderá o mar lhes dá hoje?
Ó Mar prazenteiro, a quem vos peço.
Dai-me peixes, dai-me mariscos.
Dai-me aquilo que vim buscar.
Ordena aos deuses que te protegem
Que me concedam a boa sorte.
Ó Mar bravio e senhor!
Concedei aos marinheiros da terra
Aos valentes e nobres pescadores
A riqueza dos teus oceanos
Para que encham as suas mesas
Que preencham os seus bolsos
Pois nos tempos de crises.
O que o Mar dá sempre vem ajudar.
Lança a tua cana, meu filho,
Responde o mar generoso.
Obtém de mim o que precisas e
Para isto, basta que venhas pescar.
E o pescador volta a sua casa satisfeito.
Com a sua saca cheia de peixes.
Todos para seu deleite.
E neste dia, ele dorme a sorrir.

Rodrigues, S.

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